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Uma nova é uma explosão que ocorre em uma estrela. Entretanto, embora haja alguma semelhança nos nomes, uma nova é muito diferente de uma supernova.

Em uma supernova, uma explosão é o último momento de uma estrela já há muito moribunda. A explosão de grandeza surreal lança uma enorme quantidade de energia e matéria a gigantes distâncias astronômicas.

A nova por sua vez, ocorrerá pois o hidrogênio de uma estrela, classificada como gigante vermelha, se acumulou na superfície de uma anã branca. Esse material gera bastante pressão e calor na superfície da estrela. Dessa maneira, ocorrerá, uma enorme explosão termonuclear.

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“É um evento único na vida que criará muitos novos astrônomos por aí, dando aos jovens um evento cósmico que eles podem observar por si mesmos, fazer suas próprias perguntas e coletar seus próprios dados”, disse em um comunicado da NASA a Dra. Rebekah Hounsell, pesquisadora assistente especializada em novos eventos no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “Isso vai alimentar a próxima geração de cientistas.”

O evento nova de explosão estela, em condições de visibilidade na Terra, ocorre, em média, uma vez a cada 80 anos – ou seja, cada pessoa pode ver o raro evento apenas uma vez na vida.

“Existem algumas novas recorrentes com ciclos muito curtos, mas, normalmente, não costumamos ver uma explosão repetida em uma vida humana, e raramente uma tão relativamente próxima de nosso próprio sistema”, disse Hounsell. “É incrivelmente emocionante ter este assento na primeira fila.”

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As novas recorrentes, citadas pela pesquisadora, são novas que, após a explosão, reiniciam o ciclo, e após um novo acúmulo de hidrogênio, uma nova explosão termonuclear ocorre. Em termos cósmicos, isso ocorre em períodos curtíssimos. Entretanto, para o tempo humano, são muitas décadas.

“Cientistas cidadãos e entusiastas do espaço estão sempre procurando por esses sinais fortes e brilhantes que identificam novos eventos e outros fenômenos”, disse no comunicado a Dra. Elizabeth Hays, chefe do Laboratório de Física de Astropartículas da NASA Goddard. “Usando as redes sociais e o e-mail, eles enviam alertas instantâneos e a bandeira sobe. Contamos com essa interação da comunidade global novamente com o T CrB.”

T CrB é o nome que os cientistas utilizam para se referir ao sistema estelar binário T Coronae Borealis, também apelidado de “Blaze Star”. Localizado a cerca de 3 mil anos-luz da Terra, o sistema é formado por uma anã-branca e uma gigante vemelha.

Uma anã branca é uma estrela com o tamanho da Terra após a violenta morte de uma estrela semelhante ao Sol. Uma gigante vermelha é uma antiga e moribunda estrela perdendo seu hidrogênio para a anã branca vizinha.

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A última explosão de nova da T CrB vista da Terra ocorreu em 1946. O primeiro avistamento da nova do sistema, há aproximadamente 800 anos, mais precisamente no outono (do hemisfério norte) de 1217.

O registro é de um homem chamado Burchard, abade de Ursberg, na atual Alemanha. Ele registra sua observação como “uma estrela fraca que por um tempo brilhou com grande luz”.

Como observar a explosão estelar?

Para quem está no hemisfério norte, basta observar a explosão estelar chamada de nova, procure pela Coroa do Norte, na posição leste da constelação de Hércules. O evento poderá ser visto a olho nu. Do Brasil, entretanto, o fenômeno poderá ser visto próximo ao horizonte, já que a constelação só é visível no norte do globo.

Vários telescópios estarão aguardando pela explosão estelar.

“Observaremos o evento em seu pico e em seu declínio, à medida que a energia visível da explosão desaparece”, disse Hounsell. “Mas é igualmente crítico obter dados durante o início da erupção – então os dados coletados por esses ávidos cientistas cidadãos que estão à procura da nova contribuirão dramaticamente para nossas descobertas.”

“As novas recorrentes são imprevisíveis e contrárias”, disse o Dr. Koji Mukai, pesquisador de astrofísica da NASA. “Quando você acha que não pode haver uma razão para eles seguirem um determinado padrão, eles seguem – e assim que você começa a confiar que eles repetem o mesmo padrão, eles se desviam completamente dele. Vamos ver como o CrB se comporta.”