A Estação Espacial Internacional (ISS) é um laboratório espacial que orbita a Terra há 25 anos. Esta estação é um centro de pesquisas onde cientistas e astronautas estudam uma ampla gama de temas, incluindo fisiologia humana, os efeitos da radiação, engenharia, biologia e física. Os estudos realizados na ISS são fundamentais para aumentar nosso conhecimento e preparar futuras missões de exploração espacial.
No entanto, como as previsões sugeriam, a ISS será desativada, uma vez que a estrutura dos módulos e radiadores, assim como o sistema de acoplamento de outras espaçonaves, atingirá o seu limite de utilização segura.
Desse modo, de acordo com os planos da NASA, a SpaceX desenvolverá um veículo especial para desorbitar a ISS, que tem o tamanho de um campo de futebol. Espera-se que essa operação ocorra após a ISS completar sua vida útil em 2030.
A estação espacial entrará na atmosfera terrestre a uma velocidade impressionante de mais de 27.500 km/h, antes de pousar em um local predeterminado no oceano, onde será desativada com segurança.
NASA oferece mais de R$ 4 bilhões à SpaceX para destruir a ISS
A ISS é o maior objeto feito pelo homem a orbitar a Terra, comparável em tamanho a uma casa com seis quartos. No interior da estação, há seis dormitórios para os tripulantes, dois banheiros, uma academia para exercícios físicos e uma impressionante janela panorâmica que oferece uma visão de 360 graus do espaço e do nosso planeta.
Esta infraestrutura permitiu que os astronautas vivessem e trabalhassem em condições únicas, contribuindo para avanços científicos e tecnológicos importantes para a humanidade.
A cerca da sua desativação, o processo será importante para a NASA, pois abrirá caminho para futuros projetos comerciais no espaço próximo à Terra. Ken Bowersox, administrador associado da Diretoria de Missões de Operações Espaciais da NASA, afirmou que a retirada da ISS é um passo significativo para garantir a continuidade da exploração espacial e o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas.
Assim sendo, A NASA contratou a SpaceX para executar essa tarefa, com um contrato que pode chegar a US$ 843 milhões (mais de R$ 4 bilhões). A missão envolve retirar a estação de sua órbita e trazê-la de volta à Terra de maneira segura.
Uma história perto de acabar
As primeiras partes da ISS foram lançadas ao espaço em 1998. Desde 2000, astronautas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Canadá e Europa têm ocupado a estação continuamente, realizando mais de 3.300 experimentos científicos enquanto orbitam a Terra.
Contudo, a ISS está começando a mostrar sinais de envelhecimento. Problemas técnicos e vazamentos frequentes têm desafiado as equipes a bordo.
Além disso, os acordos entre as cinco agências espaciais nacionais que colaboram na ISS – a NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos), a ESA (Agência Espacial Europeia), a CSA (Agência Espacial Canadense), a Jaxa (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) e a Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, da Rússia. marcando uma era de cooperação global após o fim da Guerra Fria, estão previstos para terminar em 2030.
Outro desafio significativo enfrentado pela ISS é o problema crescente do lixo espacial. Detritos de satélites desativados orbitam a Terra em altas velocidades, representando um perigo real.
O que o futuro reserva
Segundo Stich, a ISS provavelmente continuará suas atividades até que as novas estações espaciais comerciais estejam prontas para entrar em operação. Entre essas novas estações estão a Axiom Station, desenvolvida pela Axiom Space, e a Orbital Reef, projetada pela Blue Origin em parceria com a Sierra Space. Ambas estão previstas para começar a funcionar até o final desta década.
Ainda não está claro como será dividida a responsabilidade financeira e técnica para a desativação da ISS entre as agências espaciais envolvidas. A NASA afirmou que “a desorbitação segura da Estação Espacial Internacional é responsabilidade de todas as cinco agências espaciais”, mas não especificou detalhes sobre o envolvimento de cada uma no processo coordenado pela SpaceX.