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Os amortecedores de automóveis surgem como um potencial gerador de energia devido ao seu movimento constante. Embora a ideia pareça promissora, ela não é nova. Desde o início dos anos 2000, pesquisadores têm explorado a possibilidade de gerar energia a partir do movimento dos amortecedores. No entanto, essa tecnologia ainda não se tornou comum nos veículos elétricos e híbridos modernos.

Em 2009, pesquisadores do MIT desenvolveram a primeira suspensão ativa regenerativa hidráulica, chamada GenShock. Além de facilitar a troca de pneus sem a necessidade de um macaco, o sistema também recuperava energia. Apesar do interesse inicial da indústria, a tecnologia não foi amplamente adotada.

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Em 2015, a Audi apresentou o sistema eROT, que visava principalmente melhorar o conforto dos passageiros, com a recuperação de energia como um bônus. O sistema podia acumular até 150 W em média, um valor modesto. Quatro anos depois, a Audi aprimorou o sistema, focando na otimização das performances em curvas, mas novamente, a recuperação de energia não era a prioridade.

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Surpreendentemente, a tecnologia pode ter um futuro mais promissor nos veículos a combustão. Pesquisadores italianos, americanos e mexicanos publicaram recentemente um estudo na revista Applied Energy, indicando que a geração de energia pelas suspensões poderia reduzir as emissões de carbono em cinco gramas por quilômetro. Isso representa uma redução de 5% do total permitido pela regulamentação europeia.

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Embora a recuperação de energia dos amortecedores ainda não seja um ponto de destaque, empresas como a ClearMotion continuam a investir na tecnologia. Recentemente, a empresa comercializou um sistema para a fabricante chinesa NIO, focando na melhoria da dirigibilidade, com a recuperação de energia como um benefício adicional.

A capacidade de gerar eletricidade a partir dos amortecedores é uma ideia que, apesar de testada e comprovada, ainda não encontrou seu lugar no mercado. No entanto, com a contínua pesquisa e desenvolvimento, talvez um dia essa tecnologia se torne uma parte integral dos veículos, contribuindo para um futuro mais sustentável.