Precursora do movimento feminista ou, no mínimo, figura inspiradora, Amelia Earhart foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico, conquistando esse feito em 20 de maio de 1932.

Earhart também foi uma defensora dos direitos das mulheres encorajando-as a seguirem carreiras em campos predominantemente masculinos, como a aviação. Ela estabeleceu vários recordes de voo e conquistou uma série de realizações impressionantes em sua carreira.

No entanto, Amelia Earhart ficou mais conhecida por seu misterioso desaparecimento durante uma tentativa de circunavegação do globo em 1937. Em 2 de julho daquele ano, durante a última etapa de seu voo ao redor do mundo, seu avião desapareceu no Oceano Pacífico.

O seu desaparecimento permanece um dos maiores mistérios não resolvidos da aviação e da história contemporânea. Várias teorias foram propostas, mas segundo exploradores, os destroços do avião perdido de Amelia Earhart foram encontrados.

Destroços do avião desaparecido de Amelia Earhart podem ter sido achados

Uma empresa especializada em exploração de águas profundas, a Deep Sea Vision (DSV), divulgou recentemente uma imagem de sonar que alega serem os destroços do avião de Amelia Earhart.

Com sede na Carolina do Sul, a DSV informou que a imagem foi capturada após uma busca meticulosa em uma região do Pacífico a oeste da Ilha Howland, o destino planejado de Earhart.

Desse modo, utilizando um submersível subaquático não tripulado, a imagem borrada foi obtida a uma profundidade impressionante de 5.000 metros por meio de um sonar de varredura lateral.

A empresa destaca que a imagem revela contornos distintos que coincidem com as características únicas da aeronave de Earhart, incluindo suas caudas duplas e a escala correspondente.

O achado promissor reacende a esperança de solucionar o mistério do desaparecimento de Amelia Earhart e lança luz sobre os eventos ocorridos durante sua histórica tentativa de se tornar a primeira mulher a voar ao redor do mundo.

Teoria da “Linha de Data”

Imagem: Canva

A crença até então mais aceita sobre o desaparecimento de Amelia Earhart é a de que ela e o navegador Fred Noonan, que a acompanhava, ficaram sem combustível e precisaram abandonar o bimotor Lockheed Electra no Pacífico, perto da Ilha Howland, durante uma das etapas finais.

Tony Romeo, presidente-executivo da DSV, disse em comunicado que “Sempre sentimos que ela teria feito todas as tentativas para pousar a aeronave suavemente na água, e a assinatura da aeronave que vemos na imagem do sonar sugere que esse pode ser o caso”.

Além disso, Romeo afirmou que a descoberta do que pode ser os destroços do avião de Amelia Earhart foi feita aplicando o que é chamada de “teoria da Linha de Data”, aplicada pela primeira vez em 2010 por Liz Smith, uma ex-funcionária da NASA.

Essa teoria sugere que Earhart e Noonan, podem ter confundido a Linha Internacional de Data durante seu voo sobre o Oceano Pacífico, o que pode ter contribuído para sua perda e desaparecimento.

A Linha Internacional de Data é uma linha imaginária no globo terrestre que define a mudança de um dia para o próximo no calendário. Quando alguém cruza essa linha, pode haver uma mudança de um dia, dependendo da direção em que estão indo.

A teoria sugere que Earhart e Noonan, ao tentarem realizar uma aterrissagem de emergência na Ilha Howland, podem ter feito cálculos incorretos relacionados ao fuso horário e à Linha de Data. Isso teria levado a erros de navegação e contribuído para o desfecho indesejado.

Pesquisa empenhada

A equipe de exploração da DSV relatou ter dedicado 90 dias à pesquisa de uma extensão de aproximadamente 13.500 quilômetros quadrados no leito do Oceano Pacífico.

Esse período de investigação representa um esforço consideravelmente extenso, superando a soma de todos os empreendimentos de busca realizados anteriormente. A DSV comunicou que, por enquanto, está mantendo em sigilo a localização precisa da descoberta e tem planos para realizar esforços adicionais de busca no futuro.