Antes de ficar famoso pela série de livros “Sherlock Holmes”, Sir Arthur Conan Doyle escreveu um romance bastante atípico para o seu gênero: “O Mundo Perdido”. O livro relata uma sociedade perdida escondida no interior da floresta amazônica. Contudo, esse tipo de narrativa surgiu por um documento histórico e bastante estranho do nosso país, o Manuscrito 512.
Ainda no século XIX, o Manuscrito 512 apareceu na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e conta a história de um grupo de bandeirantes, liderado por Francisco Raposo, descobre uma civilização escondida no interior do Brasil.
De acordo com o livro, Raposo encontrara uma cidade há muito abandonada com características das cidades Greco-Romanas, com grandes palácios e pátios. Além do mais, atrás de uma cachoeira escondida os exploradores supostamente encontraram minas de ouro que pareciam ter sido exploradas séculos atrás.
Pesquisadores e especialistas acreditam que o documento histórico é provavelmente uma peça fictícia, uma vez que é o único relato conhecido de tal cidade. Além do mais, historiadores acreditam que a história tenha sido motivada pela história de Muribeca.
Este último foi o filho do único sobrevivente de um naufrágio na costa da Bahia com uma indígena que descobriu minas de ouro e prata no Brasil. Contudo, após desavenças com a coroa portuguesa, Muribeca acabou preso e levou o segredo da localização das minas para sua cova.
Uma febre de expedições causadas por esse documento histórico
Como dá para imaginar, a imagem de civilizações perdidas e minas de ouro atraiu, mais uma vez, a atenção da Europa para o Brasil. Assim, na segunda metade do século XIX, exploradores e aventureiros de todas as partes do mundo passaram a visitar o Brasil em busca de tesouros perdidos.
Dois deles, inclusive, ficaram bastante famosos. Primeiramente, o inglês Sir Richard F. Burton, que inclusive publicou o livro “Highlands of the Brazil” em 1869. Em segundo lugar, o coronel Percy Harrison Fawcett, também inglês. Este último, inclusive, desapareceu durante uma de suas expedições à Amazônia.
Outras expedições posteriores ainda buscaram encontrar o coronel Fawcett, todas sem sucesso. Até hoje não se sabe o que aconteceu.