Um esqueleto quase completo de estegossauro chamado “Apex” foi vendido por US$ 44,6 milhões, quebrando os recordes anteriores de vendas de fósseis de dinossauros. Segundo o Wall Street Journal, Ken Griffin, fundador e CEO da Citadel LLC, foi o comprador.

O preço final foi aproximadamente dez vezes maior do que a estimativa de pré-venda da Sotheby’s de US$ 4 a US$ 6 milhões, tornando-o o fóssil de dinossauro mais caro já vendido. Essa venda supera o recorde anterior de US$ 31,8 milhões estabelecido em 2020 para um Tyrannosaurus rex chamado “Stan”.

A Sotheby’s classificou os restos mortais de 150 milhões de anos como “o melhor esqueleto de estegossauro que já chegou ao mercado”. Descoberto no estado do Colorado, EUA, em 2022, o Apex inclui 254 de seus 319 elementos ósseos fósseis totais.

O esqueleto, medindo 3,5 m de altura e 8,5 de comprimento, está montado em uma pose agressiva e inclui características únicas, como impressões de pele fossilizadas e armadura na garganta. No entanto, a venda gerou polêmica na comunidade científica.

Jingmai O’Connor, paleontólogo do Field Museum de Chicago, expressou ceticismo com relação ao preço. “US$ 44,6 milhões por um estegossauro? Desculpe, os paleontólogos ao meu redor estão rindo”, disse ele ao The New York Times.

Os críticos argumentam que essas vendas de alto preço tornam difícil para as instituições científicas competirem com compradores privados ricos, limitando potencialmente as oportunidades de pesquisa.

Alguns especialistas acusaram as casas de leilão de inflar as estimativas de pré-venda para aumentar os preços. Exemplos recentes incluem um crânio de T. rex que foi vendido por US$ 6,1 milhões em 2022, muito abaixo da estimativa da Sotheby’s de US$ 15 a US$ 20 milhões.

Apesar da controvérsia, Griffin declarou sua intenção de emprestar o esqueleto a um museu dos EUA. “A Apex nasceu nos Estados Unidos e vai continuar nos Estados Unidos”, disse ele após a venda.