NASA lançará estrela artificial ao espaço por meio da missão espacial Landolt, junto a uma universidade dos EUA. A missão custará 19,5 milhões de dólares e levará a estrela artificial a uma distância não muito grande – ela irá parar na órbita terrestre.

A missão será de imensa importância para a calibragem de instrumentos astronômicos. Com ela, os telescópios poderão medir objetos brilhosos com uma precisão muito maior do que sempre.

“Esta missão marca outra estreia para a Universidade George Mason, um marco que prova que nosso impacto como uma grande universidade pública de pesquisa realmente não conhece limites”, disse em um comunicado de imprensa Gregory Washington, presidente da Universidade George Mason.

“É uma honra para George Mason liderar esta equipe única que busca expandir as fronteiras do conhecimento por meio do professor associado da Faculdade de Ciências Pedro Plavchan em colaboração com a NASA, um dos mais prestigiados parceiros de pesquisa de George Mason”, conclui Washington.

NASA lançará estrela artificial ao espaço – missão Landolt

A NASA lançará estrela artificial ao espaço. Entretanto, a “estrela artificial” não é exatamente uma estrela, obviamente. Trata-se de um satélite artificial.

Na verdade, se trata de um objeto brilhoso que ajudará os cientistas a calibrar os telescópios – por isso o nome estrela artificial. Com a correta calibragem dos equipamentos, os pesquisadores podem realizar observações e medições com maior segurança e precisão, tanto para objetos mais próximos, como para objetos mais distantes.

NASA lançará estrela artificial ao espaço. Imagem: Pixabay.

“Esta missão está focada em medir propriedades fundamentais que são usadas diariamente em observações astronômicas. Isso pode impactar e mudar a maneira como medimos ou entendemos as propriedades das estrelas, as temperaturas da superfície e a habitabilidade dos exoplanetas”, disse Eliad Peretz, cientista da missão que trabalha na NASA.

Entretanto, para uma correta medição desses parâmetros, os equipamentos precisam estar bem calibrados. As distâncias no espaço são imensas e, por isso, quaisquer erros podem causar uma enorme distorção.

“A calibração do fluxo é essencial para a pesquisa astronômica. “A gente pergunta constantemente: ‘Qual o tamanho? Quão brilhante? Até quando?’ e depois pondere: “Do que é feito o universo? Estamos sozinhos?’ Respostas precisas exigem medições precisas e excelente caracterização do instrumento”, disse Susana Deustua, cientista física do NIST Remote Sensing Group.

A missão foi nomeada em homenagem ao astrônomo Arlo Landolt. Falecido em 2022, o astrônomo reuniu catálogos de brilho estelar nas décadas de 1970, 1980 e 1990, e que são muito utilizados até os dias de hoje. Ele criou padrões fotométricos amplamente utilizados na medição de luz estelar.

A “estrela artificial” orbitará a terra a mais de 35 mil quilômetros de altitude. Ela emitirá uma quantidade conhecida de fótons para que, quando for observada, possa ajudar na melhor precisão dos equipamentos. Sabendo com certeza a produção de fótons do objeto, os cientistas podem ter certeza de que os equipamentos estão realizando a medição corretamente para, por exemplo, as estrelas distantes.

Imagem: Landolt Mission.

Embora tenha o nome de “estrela artificial”, o objeto será muito pequeno, e não poderá ser visto a olho nu, apenas por meio de equipamentos de observação astronômica.

“A carga útil será construída em parceria com o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), líder mundial na medição de emissões de fótons. Professores e alunos da Mason’s College of Science e da Faculdade de Engenharia e Computação trabalharão em conjunto com a NASA, NIST e outras nove organizações para um projeto inédito para uma universidade na área de Washington, D.C”, diz a página oficial da missão na web.

Calibrar os telescópios com o satélite será extremamente útil para a pesquisa sobre matéria escura e até mesmo na busca de vida alienígena, já que uma das principais buscas planetas habitáveis começa pelas estrelas.